Sobre
Obesidade
A obesidade é um problema de saúde de escala mundial e crescente. Não é à toa que é uma das demandas mais frequentes no meu consultório.
Para saber se você está na faixa da obesidade, basta calcular seu Índice de Massa Corporal (ou IMC), que é o resultado do peso / altura². Um IMC de 25,0 a 29,9 kg/m² encontra-se na faixa do sobrepeso e, acima de 30kg/m², na faixa da obesidade. Quanto mais acima de 30,0, mais grave a condição.
Mas não quero focar muito em números ou estatísticas. Os pacientes vão muito além dos números e sei que os portadores de obesidade sofrem cronicamente com uma série de preconceitos. É muito comum que tenham vergonha de procurar ajuda por serem estigmatizados a vida inteira, em vários ambientes – em casa, no trabalho e até mesmo em atendimentos por profissionais de saúde.
Mas apesar de continuar sendo uma condição complexa e multifatorial (isto é, muitos fatores contribuindo para a instalação do problema), felizmente hoje os conceitos sobre obesidade são um pouco mais bem compreendidos. Sabemos que não se trata de falta de força de vontade e que a pessoa não escolhe herdar a predisposição para estar acima do peso. Além disso, muitas vezes, a pessoa tampouco escolhe estar num ambiente que favoreça o ganho de peso.
É importante frisar que temos tratamento disponível para esta condição, seja clínico ou cirúrgico. O atendimento por profissional habilitado a tratar obesidade pode fazer muita diferença neste caminho, desde o acolhimento até a definição da melhor estratégia de tratamento, considerando sempre a realidade de cada paciente.
Claro que o tratamento não depende somente do endocrinologista. Por se tratar de problema multifatorial, muitas vezes é necessária uma equipe multidisciplinar para que melhores resultados sejam alcançados, incluindo nutricionista, educador físico e psicólogo. E claro, o próprio paciente também exerce um papel fundamental no tratamento. Para tratar obesidade é necessário ter disposição para fazer alguns investimentos – de tempo, energia e também financeiro.
Não existe solução rápida e fácil, e cuidado se alguém te vender isso. O acompanhamento de longo prazo com um profissional confiável vai trazer resultados muito melhores que soluções fantasiosas ou do que caminhar sozinho neste processo
Diabetes
A diabetes é uma doença crônica e para a qual ainda não foi descoberta a cura. Entretanto, com os cuidados necessários, é possível gerenciá-la e ganhar qualidade de vida.
Colesterol Alto
Um problema que pode ser um fator de risco para infarto agudo do miocárdio e Acidente Vascular Encefálico (AVC) e está associado a doenças como diabetes e obesidade.
Ovários Policísticos
É uma condição bastante comum e que pode estar associado a obesidade e diabetes. Por isso, o seu tratamento deve ser multidisciplinar, acompanhado por ginecologista e endocrinologista.
Por fim, deixo aqui uma reflexão sobre a busca de determinados padrões corporais e como isso pode ser fonte de sofrimento. Ela foi publicada também no meu Instagram. Link
O problema de incentivar o corpo magro como um objetivo a ser alcançado é que muitas vezes isso foge à genética da pessoa.
🔸Não questionamos a evidência de que cada um nasce determinado para ser alto, baixo, loiro, moreno, ter olho azul, escuro, dentre outras características. Mas quando se trata do peso corporal, tendemos a não interpretar dessa maneira.
🔸Claro que o peso, assim como alguns outros pontos, depende muito da influência externa também. Mas sempre teremos a genética exercendo um papel de base fundamental.
🔸Então, alguém que não tenha predisposição para ter um corpo magro ou musculoso, por exemplo, terá que fazer um sacrifício extremo para manter este padrão corporal. E esse objetivo é muitas vezes determinado por exemplos que vemos nas mídias e nas redes, até mesmo em páginas de profissionais da saúde.
🔸Devemos ter cuidado, portanto, com as comparações e com os objetivos que estabelecemos. A meta é ter saúde, e o papel do médico endocrinologista é ajudar o paciente nesse caminho, estabelecendo o peso mais saudável e sustentável para aquele paciente, que não necessariamente será dentro do IMC ”normal”, muito menos musculoso ou “definido”.
Perguntas Frequentes
A obesidade está muito mais relacionada à herança genética e ao ambiente/hábitos de vida que favorecem o ganho de peso do que a problemas hormonais. Infelizmente não há uma causa única e, portanto, não há uma “chave” que resolverá o problema.
A classe mais promissora atualmente é a dos agonistas de GLP1 e suas variações (os ”injetáveis”). Também dispomos atualmente no Brasil do contrave (bupropiona + naltrexona), orlistate e sibutramina. Topiramato pode ser usado off-label.
O tratamento da obesidade é crônico. Assim como remédios para outras condições (hipertensão, por ex), o tratamento só vai fazer efeito enquanto estiver sendo usado. Interromper a medicação implica em maior risco de reganho de peso, mas não consideramos isso como “rebote”.
É caracterizado por episódios frequentes de ingestão de grande quantidade de comida em um curto período de tempo, seguidos de sensação de culpa. Pode estar associado à obesidade e exige tratamento direcionado.
Dra. Laura Berton Eidt
Cursei Medicina na Universidade Federal de Santa Catarina, concluída em 2012.
Em Porto Alegre, fiz minha residência em Clínica Médica no Hospital Nossa Senhora da Conceição. Em seguida, foram mais 2 anos de residência de Endocrinologia e Metabologia no Hospital Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, concluída em 2018.
Desde então, busco me atualizar e me aperfeiçoar de forma contínua. Em 2022, concluí meu mestrado pela Universidade Federal de Ciências de Saúde de Porto Alegre.
Todo esse tempo de estudo e formação é colocado em prática no dia a dia, oferecendo o melhor atendimento aos meus pacientes, com muita atenção, sensibilidade e acolhimento.
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Dra. Laura Berton Eidt
Endocrinologia e Metabologia
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