O colesterol alto (ou dislipidemia) é uma condição manejada tanto pelo
endocrinologista como pelo cardiologista. Mais uma das situações onde cabe muito bem o cuidado multidisciplinar. O mais importante aqui é ter um médico de confiança que possa discutir abertamente com você os prós e contras de iniciar ou não o tratamento.
O tratamento do colesterol com as estatinas virou quase um tabu. Recebo muitos pacientes no consultório com medo de usar a medicação por achar que podem ter algum efeito deletério a longo prazo. Isto se deve em grande parte a informações desencontradas na internet, onde muitas pessoas (inclusive profissionais de saúde) parecem “demonizar” erroneamente essa classe de medicação.
Saiba que, se bem indicadas, as estatinas podem ter grande impacto na saúde cardiovascular. Especialmente naqueles pacientes que consideramos como sendo de alto risco cardiovascular. Ou seja, pacientes que já tiveram algum evento tipo infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral (AVC), ou que possuam outras comorbidades como diabetes, hipertensão e tabagismo. A história familiar de doenças cardiovasculares também é algo a ser levado em consideração.
Outras nuances da história e, eventualmente, de exames complementares além da própria dosagem do colesterol, bem como o uso de calculadoras de risco cardiovascular, podem ajudar o médico na decisão de iniciar ou não o tratamento, sempre levando em consideração as preferências do paciente.
A ideia aqui, assim como em muitas outras situações da medicina, é achar um equilíbrio entre não medicar todo mundo, mas também não deixar de medicar quem precisa.
O colesterol vem principalmente da gordura consumida na alimentação, enquanto os triglicerídeos da farinha/farináceos.
O colesterol alto impacta mais na saúde cardiovascular que os triglicerídeos.
A principal fonte é a gordura animal. Carne vermelha principalmente, mas também a carne branca com gordura. Banha, manteiga e leite integral também são fontes animais de colesterol.
Óleos vegetais (incluindo óleo de coco) e azeite de oliva são fontes vegetais de colesterol.
Depende. Se você já tem uma dieta pobre em gorduras e ainda persiste com colesterol alto (com indicação de tratamento), provavelmente otimizar a dieta não vai ser efetivo.
Algumas vezes, reduzir fontes de gordura da dieta e perder peso podem melhorar o colesterol, sem necessidade de medicação.
Quando bem indicadas, são efetivas e muito seguras, podendo ter grande impacto na prevenção de eventos cardiovasculares. As medicações da classe das estatinas podem cursar com dor muscular.
Mas antes de interromper o uso, converse com seu médico a respeito. Em geral isso não é uma limitação para o tratamento.
Cursei Medicina na Universidade Federal de Santa Catarina, concluída em 2012.
Em Porto Alegre, fiz minha residência em Clínica Médica no Hospital Nossa Senhora da Conceição. Em seguida, foram mais 2 anos de residência de Endocrinologia e Metabologia no Hospital Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, concluída em 2018.
Desde então, busco me atualizar e me aperfeiçoar de forma contínua. Em 2022, concluí meu mestrado pela Universidade Federal de Ciências de Saúde de Porto Alegre.
Todo esse tempo de estudo e formação é colocado em prática no dia a dia, oferecendo o melhor atendimento aos meus pacientes, com muita atenção, sensibilidade e acolhimento.
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