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Diabetes

Diabetes é uma condição que se caracteriza por níveis de açúcar altos no sangue. A glicose de jejum maior ou igual a 126mg/dL e/ou a hemoglobina glicada (exame que indica a média da glicose nos últimos 3 meses) maior ou igual a 6,5% são os principais critérios laboratoriais para o diagnóstico de diabetes mellitus. O tipo mais comum e prevalente de diabetes é o tipo 2. Ele se manifesta principalmente na idade adulta, mas também pode ser diagnosticado em idades mais jovens. 

Diferentemente do que muitas pessoas pensam, comer açúcar não é sinônimo de risco para diabetes. Alguns pacientes, inclusive, questionam: “Mas eu não como açúcar, como posso ter diabetes?”. Faz sentido esse raciocínio na medida em que comer açúcar (principalmente se em excesso) pode levar ao ganho de peso, e o principal fator de risco modificável para diabetes tipo 2 é justamente a obesidade. Ou seja, estar acima do peso pode aumentar muito o risco de diabetes tipo 2, especialmente quando a pessoa já tem esta predisposição genética. Portanto, a história familiar positiva (genética) também deve ser lembrada como um dos fatores de risco mais importantes para o desenvolvimento do diabetes tipo 2.

O diabetes tipo 2 costuma ser silencioso. Ou seja, a pessoa dificilmente apresentará sintomas da doença. Se não forem realizados exames laboratoriais para rastreio, ela pode passar despercebida. O atraso no diagnóstico pode ser um problema pois quanto mais tempo a pessoa permanece com o açúcar elevado no sangue, maior o risco de complicações do diabetes (problemas nos rins, nos olhos, no coração, etc).

O controle do diabetes depende muito do controle da alimentação. Estes detalhes sempre devem ser revisados em consulta, e um acompanhamento em conjunto com a nutricionista também pode ser muito válido.

Felizmente, em termos de medicação podemos dizer que o tratamento para esta condição evoluiu muito. Temos algumas opções de medicações via oral que podem ser muito efetivas no controle da glicose. Além disso, novas medicações injetáveis (que também são usadas no tratamento da obesidade) também podem trazer resultados muito promissores para o diabetes. Visto que esta é uma condição muito associada à obesidade, emagrecer é igualmente um dos objetivos do tratamento.

Inclusive, quando a perda de peso é expressiva e acontece em fase inicial do diabetes tipo 2, ela pode levar à remissão da doença (quer dizer, ao retorno da glicose para níveis normais). Em alguns casos, a insulina pode ser necessária. E apesar de existir um grande tabu sobre essa medicação, ela é muito eficaz e pode salvar vidas. No diabetes tipo 1, que é totalmente dependente de insulina, ela é a única opção de tratamento até o momento. Importante ressaltar que a insulina não é responsável pelas complicações da doença, como muitos pacientes pensam. O que causa as complicações é o tempo de glicose acima do alvo desejado.

Outro ponto que evoluiu muito nos últimos anos foi o monitoramento da glicose. Se antes dependíamos apenas de fitas (teste de glicemia capilar com uma gota de sangue), hoje temos sensores que se acoplam no subcutâneo e medem a glicose intersticial, sem a necessidade de furar o dedo muitas vezes por dia. A variação da glicose no dia a dia é um parâmetro muito importante a ser monitorado e controlado. Também é uma maneira de entender melhor como o corpo responde a determinados alimentos e a determinados hábitos (exercícios físicos, por exemplo). Neste vídeo do meu Instagram falo um pouquinho mais sobre um dos sensores mais usados hoje na prática clínica.

Por fim, como qualquer doença crônica, o diabetes exige acompanhamento de longo prazo. De preferência com um profissional que seja acessível também para tirar dúvidas fora do momento da consulta. Já pensou ter uma dúvida sobre um efeito colateral da sua medicação ou sobre a maneira de usar determinado medicamento e não conseguir acessar seu médico? É muito importante ter alguém de confiança que te acompanhe ao longo do tempo.

Obesidade

A obesidade é, segundo a OMS, uma epidemia mundial. É uma doença crônica e que precisa de cuidados e tratamento.

Perguntas Frequentes

O diabetes tipo 2 é mais comum na idade adulta, ligado à obesidade e herança
familiar, em geral é assintomático e na maioria das vezes não depende da insulina para tratamento. O diabetes tipo 1 é auto-imune, mais comum na infância/adolescência, se manifesta inicialmente com sintomas (perda de peso, muito xixi e muita sede) e depende totalmente da insulina para seu tratamento.

Tanto o diabetes tipo 1 como o diabetes tipo 2 são doenças crônicas e passíveis de controle. Até o momento não existe cura para estas condições.

Não. Comer açúcar, principalmente se em excesso, pode levar ao ganho de peso, que pode estar diretamente relacionado ao diabetes tipo 2. Quem tem diabetes deve ter um controle maior na ingestão de açúcar para controle da doença.

Dizemos que o diabetes está bem controlado quando a Hemoglobina Glicada (A1c) está menor ou igual a 7,0% e quando a glicose fica na maior parte do tempo entre 90 a 180mg/dL. Mas estes alvos devem ser individualizados conforme cada paciente!

Dra. Laura Berton Eidt

Cursei Medicina na Universidade Federal de Santa Catarina, concluída em 2012.

Em Porto Alegre, fiz minha residência em Clínica Médica no Hospital Nossa Senhora da Conceição. Em seguida, foram mais 2 anos de residência de Endocrinologia e Metabologia no Hospital Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, concluída em 2018.

Desde então, busco me atualizar e me aperfeiçoar de forma contínua. Em 2022, concluí meu mestrado pela Universidade Federal de Ciências de Saúde de Porto Alegre.

Todo esse tempo de estudo e formação é colocado em prática no dia a dia, oferecendo o melhor atendimento aos meus pacientes, com muita atenção, sensibilidade e acolhimento.

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Endocrinologia e Metabologia
CREMERS 39065 / RQE 31944

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