Menopausa é um período da vida muito delicado para a mulher. Vejo que muitas pacientes ficam sem orientação adequada no período da transição para menopausa e na menopausa.
Muitas vezes, sintomas que são compatíveis com essa fase da vida são desvalorizados por conhecidos, familiares e até por colegas médicos. Um entendimento e acolhimento dos sintomas é essencial para encontrarmos um caminho adequado.
O tratamento de reposição hormonal, quando bem indicado, juntamente com mudanças no estilo de vida, pode restabelecer a qualidade de vida da mulher em muitos aspectos.
A menopausa é a última etapa da vida da mulher. Portanto, quando se chega na menopausa, nela se permanece até o final da vida, e isso pode durar até mais da metade dos nossos anos vividos. Que dimensão tem este fato, né?
Uma mulher entra na menopausa por volta dos 50 anos de idade, variando um pouco para mais ou para menos. A menopausa também pode chegar mais cedo, entre os 40-45 anos, ou até antes dos 40 anos de idade, de maneira precoce.
O sintoma inicial mais comum da transição menopáusica é a irregularidade menstrual. Inicialmente, os fluxos podem se tornar mais intensos, com escapes mais frequentes. À medida que o tempo passa, a tendência é que os ciclos se tornem mais espaçados, com intervalos maiores entre eles. Após um ano do último sangramento, podemos dizer que a mulher está em menopausa definitiva.
Os fogachos (ou calorões) também são muito frequentes neste período. Algumas mulheres sofrem mais com os calorões do que outras. Inclusive, nem todas vão apresentar este sintoma. Os calorões e a irregularidade menstrual são sintomas que podem amenizar muito com a terapia de reposição hormonal.
Esta resposta é difícil de dar em poucas linhas. A regra geral é que o principal hormônio feminino é o estrogênio. A reposição de estrogênio pode estar diretamente ligada à melhora nos fogachos e na saúde óssea. Os outros sintomas podem ou não melhorar com esta reposição. Sempre devemos descartar outras causas secundárias que possam estar relacionadas aos sintomas (por exemplo, diagnóstico de distúrbios da tireoide ou de transtornos de humor que mereçam tratamento próprio para isso).
A mulher que tem útero e está repondo estrogênio precisa também repor a progesterona para proteção endometrial. Mas o que isso quer dizer? Que repor estrogênio sem progesterona pode levar a um crescimento aumentado das células do endométrio (de dentro do útero), e isso aumenta o risco de câncer de endométrio. A progesterona por si só pode trazer alguns benefícios na terapia de reposição hormonal, atuando principalmente na irregularidade menstrual presente no início da transição menopáusica. Ela também pode trazer alguma melhora no padrão do sono, sendo uma opção terapêutica para esta queixa. Mas dificilmente iremos repor progesterona em mulheres que não têm útero (que fizeram histerectomia por miomas, por exemplo).
Hoje em dia temos muitas alternativas em termos de apresentação e formulações de hormônios, com opções muito seguras de hormônios similares àqueles produzidos naturalmente pelo nosso corpo. Hormônios comercializados em farmácia com aprovação pelas agências reguladoras são muito mais seguros que aqueles manipulados. Sempre desconfie de interesse financeiro em quem vende uma terapia milagrosa ou quem quer promover algo exclusivo. Pra deixar bem claro, estou falando aqui dos famosos hormônios bioidênticos. Muito cuidado com este tipo de abordagem.
Além dos hormônios, é fundamental que nessa fase da vida, se possível, a mulher invista mais tempo na sua saúde física e mental. Isto inclui bons hábitos alimentares, atividade física regular, boa higiene do sono, leituras e outras atividades para distrair, psicoterapia, etc. Isto tem um peso muito importante na melhora dos sintomas da menopausa, afora os outros benefícios para saúde e melhora na qualidade de vida.
Em média aos 50 anos de idade, podendo variar um pouco para mais ou menos. Quando acontece antes dos 40 anos, dizemos que a menopausa é precoce.
O sintoma inicial mais comum é a irregularidade menstrual. O fogacho (ou calorão) é o sintoma que mais caracteriza a falta de estrogênio, e o que mais responde à terapia de reposição hormonal.
Não. Essa decisão vai depender muito dos sintomas apresentados, das preferências da mulher e do seu histórico de saúde.
O principal hormônio é o estrogênio. A progesterona deve ser utilizada em conjunto para mulheres que têm útero, para reduzir o risco de câncer de endométrio. A testosterona não faz parte da reposição hormonal habitual neste período.
Cursei Medicina na Universidade Federal de Santa Catarina, concluída em 2012.
Em Porto Alegre, fiz minha residência em Clínica Médica no Hospital Nossa Senhora da Conceição. Em seguida, foram mais 2 anos de residência de Endocrinologia e Metabologia no Hospital Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, concluída em 2018.
Desde então, busco me atualizar e me aperfeiçoar de forma contínua. Em 2022, concluí meu mestrado pela Universidade Federal de Ciências de Saúde de Porto Alegre.
Todo esse tempo de estudo e formação é colocado em prática no dia a dia, oferecendo o melhor atendimento aos meus pacientes, com muita atenção, sensibilidade e acolhimento.
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